domingo, 16 de abril de 2017

Maria Leonor, tetravó do belo Douro vinhateiro


 Avó da bela região vinhateira do Douro, hoje Património Mundial, avó Maria Leonor por via paterna, nome muito comum  nas minhas avós maternas.
Maria Leonor de Madureira de Azevedo casou em Paredes da Beira com Francisco de Aguiar Alves e Almeida  a 6.6.1832, tendo os seus pais casado em Soutelo do Douro a 18.1.1802. Nascida em 1804 pois no seu assento de óbito a 17.5.1876 refere a sua idade, setenta e dois anos. O marido morre a 4.1.1893, com 94 anos, longa a sua vida, um dos avós mais longevos.
O pai Manuel Joaquim de Madureira de Azevedo era natural de Soutelo, sendo o avô António Lopes de Madureira de Negoselo e a avó Bernarda Maria da Veiga de Ervedosa do Douro.
A mãe Maria Teresa (Lopes) de Soutelo, sendo seu pai Francisco Lopes daí natural e a mãe, com o mesmo nome, de Vilarouco.
Região lindíssima, junto ao Douro, que deve ter marcado esta querida avó, pela sua grande beleza. 



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sábado, 15 de abril de 2017

Maria, 8.ª avó de Póvoa de Penela, mãe aos 12








Maria da Fonseca, baptizada em Póvoa de Penela, Penedono a 1.1.1702, filha de António Rodrigues da Fonseca e Maria Ferreira. Neta paterna, seguindo o ramo Fonseca do casamento de Maria da Fonseca Rodrigues e bisneta do casamento de Brites da Fonseca, ambas de Penela da Beira, esta última nascida no início do século XVII, meus ascendentes pela via paterna do meu pai. Mais um ramo Fonseca, neste caso de Penedono.
A avó Maria casou aos 16 anos na sua terra natal com Marcos Fernandes a 28.4.1718, mas logo aos 12 dela foram pais do filho Francisco, Francisco da Fonseca Frade. Viriam a ter filhos durante 20 anos. O caso mais excepcional em precocidade encontrado e que gosto de destacar.
Uma menina, a querida avó Maria, já com a responsabilidade de ser mãe, apoiada que deve ter sido, até ter idade de casar com o seu amado Marcos. Outra história de amor, mais uma.




Aos dezaseis de Maio de mil setecentos e quatorze baptizou em Caza per muy necesidade o Padre Pedro de Amaral Cura desta Igreja  a Francisco filho de Maria solteira natural desta Villa deulhe por pay a marcos filho de Manuel Machado.
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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Joana Clara, 6.ª avó de Trevões, a última a usar o apelido Távora








                                                       

Tem o meu avô, José Herculano Aguiar Proença, da Casa de Escurquela, quer por via paterna, quer materna ascendência nos Távoras de São João da Pesqueira, algo que só as pesquisas genealógicas me vieram revelar. O apelido foi perdido por via materna depois da sua 4.ª avó  Joana Clara de Távora, a última ascendente a usar o nome.
Joana Clara nascida  em Trevões, São João da Pesqueira a 8/2/1731, filha de Luís Correia de Távora de Lemos e Clara de Almeida e  Carvalho.
 Casada por duas vezes em Sebadelhe da Serra, Trancoso, sendo do segundo casamento a 24/2/1767 com Marcelino José Álvares que descende a avó  Ana Luísa de Almeida, que usou o apelido materno da mãe.
Foi a avó Joana Clara contemporânea do marquês de Pombal que proibiu, como se sabe, o uso do apelido, confiscou bens, mandou picar brasões e "amaldiçoou" qualquer Távora, os de São João da Pesqueira incluídos.
 Sua filha Ana Luísa de Almeida casa com Manuel de Aguiar Alves, de Fonte Arcada, Macieira e passam a viver em Paredes da Beira, vindo os descendentes a adoptar o apelido Aguiar.
Deve ter especialmente sofrido esta avó com  a maldição que subitamente recaiu sobre si e os seus, por isso a esta distância de quase 300 anos sou solidária com a sua dor.
Contigo ainda sofro, minha querida.


Como se pode ver em 1767 o padre 
que redige o assento já não  atribui o apelido 
Távora nem a Joana Clara nem a seu pai.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

José de Miranda Rebelo, 9.º avô de Lisboa, Pena





Bem no centro de Lisboa, Freguesia da Pena, a antiga Igreja de Nossa Senhora da Pena



 José tal como o meu pai. Seu 7º. avô por via materna, baptizado a 16.12.1637, tendo por padrinho o Bispo de Algarve, Dom Francisco Barreto, parente de sua mãe.
Seus pais casaram também nesta Igreja a 10.12.1632, sendo a mãe referida no casamento como Dona Brites da Costa.
Curiosamente este Bispo esteve igualmente presente no baptismo  dum meu avô materno, no Azinhal, freguesia de Castro Marim, como documentarei noutro blogue dedicado à genealogia materna. Acasos que me fazem sorrir.
José de Miranda Rebelo viria a casar em Portel, freguesia de Évora, a 15.8.1655 com a avó Mariana, Dona Mariana de Meireles, nascida em Freixo de Espada à Cinta, filha de João Pinto Pestana, jurista da Restauração e Cavaleiro da Ordem de Cristo, e de sua mulher Dona Helena de Meireles. Viveram tanto em Lisboa como em Freixo-de-Espada-à-Cinta, tendo o filho João de Oliveira de Miranda e Meireles  vindo a viver em Angeja, Aveiro, onde lhe nasceram os filhos. De  Angeja a Aveiro, de Aveiro a Lamego e desta cidade a Fonte Arcada e Escurquela até Joaquim António Peneda, avô de quem já falei.

Um dos avós que fica em destaque, por ser o mais próximo de mim nascido na capital e pelo nome igual ao do meu pai. Uma homenagem.





Aos 16 de Fevereiro de 1637 baptizei a Joseph filho de João de Oliveira de Miranda e de dona Brites de Azevedo padrinhos o Bispo do Algarve dom Francisco Barreto e dona Josefa Botelho de Macedo.


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quarta-feira, 12 de abril de 2017

O doce despedir da vida de Rosa Florinda, tia-trisavó

Aos nove dias do mes de Fevereiro pelas seis horas da manhã de 1860 em casa dos seos pais na Rua de Simo do lugar desta freguesia de Escurquella concelho de Cernancelhe Arciprestado de Fonte Arcada, Bispado de Lamego faleceo Rosa Florinda solteira de idade de trinta e tres annos sepultada no Semiterio da parochia no dia 10 do mesmo com officio de corpo presente, tendo recebido os Sacramentos da igreja com ternura e devoçao, conhecendo a vizinhança da morte, sem perturbaçao, e deixando  se seguir de morte feliz; tinha sido baptizada em Armamar, filha legitima de João Antonio da Fonseca e Donna Felicia Adelaida, neta paterna de Alexandre da Fonseca e Maria Joanna, desta freguesia, e materna de José Cardozo e Donna Maria de Figueiredo de Armamar. E para constar lavrei este assento em duplicado que assignei dia ut supra.
O Parocho     P.e Antonio Jose Alves d´Aguiar

                                       
                                                             
 Belíssimo testemunho do despedir da vida desta doce tia, com o padre  de Escurquela a manifestar grande apreço por ela. 
Foi irmã da minha trisavó Maria Adelaide. 
De 33 anos, precoce o seu despedir, fiquei a admirá-la na sua serenidade.






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Um documento único enquanto revelador de que a avó Maria Inácia, de Lamego, usava também o apelido Figueiredo e de que os pais de Florinda moraram a certa altura em Escurquela.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Salvador da Fonseca Pinto, 8.º avô que foi para o Brasil

Ao som do fado de Ana Moura, digo que houve um  dos avós que pesquisei em Aveiro que me impressionou especialmente pelo seu percurso geográfico. Nascido em Torre de Moncorvo, como ficou expresso no baptismo da filha Bernarda a 12.6.1737, viveu casado em Aveiro, S. Miguel, Rua Direita, com Mónica Josefa, daí natural,  onde lhes nascem filhos nas décadas de 20 e 30.
A sua caligrafia ficou nos livros paroquiais de S. Miguel, muitos dos assentos dessas duas décadas foram escritos pelo seu punho. Foi também escrivão da Tábula de Aveiro.
No óbito da filha Ana em 1742 ainda morava em Aveiro, teria cerca de 45/40 anos, no mínimo.
No casamento da filha Bernarda, encontrei a revelação de que era assistente na cidade do Maranhão, certamente São Luís.
O fado adequa-se a esta minha avó de Aveiro-o meu amor foi para o Brasil, em terras do Maranhão.
Desconheço se voltou alguma vez mas a avaliar pelo assento de óbito da avó Mónica a 19.1.1770 já era falecido nessa data.
Gosto da sua vertente de aventureiro, embora sinta a nostalgia da querida Mónica. 


A filha Catarina Josefa Rosa de Lima nascida  a 25.9.1727 casa em Aveiro com Francisco Xavier de Lima Lobo e Meireles e foram os pais do meu avô Manuel Joaquim de Lima Lobo Miranda e Meireles, de quem já falei noutra mensagem.

                                                                   A sua caligrafia


sábado, 8 de abril de 2017

Uma missa ao Anjo de sua Guarda, memória do 6.º avô Manuel Joaquim Xavier de Lima Miranda


Baptizado em Aveiro, São Miguel, naturalidade de sua mãe, primogénito de Francisco Xavier de Lima Lobo, natural de Angeja e sua mulher Catarina Josefa Rosa de Lima. Único dos irmãos aí baptizado, tendo os outros sido baptizados em Angeja.
 Casou na cidade de Lamego, onde faleceu a 17.7.1820. Dedicou uma missa ao Anjo de sua Guarda, pormenor que consta do seu assento de óbito, e que  muito me sensibilizou.
            
Em os trinta do mês de Outubro de mil setecentos e quarenta e oito baptizou o Reverendo Padre Manuel Ribeiro Tesoureiro da Santa Casa da Misericórdia a Manuel filho de Francisco Xavier de Lima Lobo e sua mulher  Catarina Josefa Rosa de Lima, moradores na Rua Direita, neto paterno do Doutor João de Oliveira de Miranda e de sua mulher D. Luísa Margarida de Lima Lobo da vila de Angeja e materno de Salvador da Fonseca Pinto e de sua mulher Mónica Josefa, natural desta freguesia e ele natural de Torre de Moncorvo.
Foram padrinhos o Doutor Manuel Mourão por quem tocou o Licenciado João de Figueiredo desta vila e D. Mariana Josefa de Jesus, regente das meninas órfãs de S. Lázaro do Porto, por quem tocou Agostinho Nunes da Vila de Angeja, em fé de que mandei fazer este assento que assinei dia mês e ano ut supra.
O Padre Dionizio de Mello e Carvalho



Aos dezassete dias do mês de Julho de mil oitocentos e vinte anos, faleceu com todos os Sacramentos Manuel Joaquim Xavier de Lima casado com Maria Joaquina Cândida morador na Rua Direita desta freguesia. Foi amortalhado em um Hábito dos Religiosos de São Francisco desta Cidade, acompanhado com os Reverendos Capelães da Sé e Cruzes das Irmandades de que era Irmão, e sepultado no Cemitério desta Freguesia. Fez testamento pelo deixou as cinco missas das Chagas e três da Agonia, pela sua alma, quarenta pela de seu Pai, e mais seis pela de seus defuntos, três pelas almas do Purgatório, três pelas penitências mal cumpridas e uma ao Anjo de sua Guarda, outra a Nossa Senhora das Dores e duas pelas almas do Cemitério, por seus herdeiros a todos os seus filhos e por testamenteiro seu filho Joaquim; e para constar fiz este assento que assinei.
Francisco Guedes do Amaral   Reitor da Sé

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Maria Adelaide , trisavó de Armamar








Maria Adelaide, com avó de Lamego e mãe de Armamar, nasce nesta vila, entre vários irmãos, sendo o seu nome de baptismo Maria.
Maria Adelaide da Fonseca vem a casar com marido de Escurquela, tal como a mãe mas, ao contrário de Felícia, fica logo a viver, após o casamento, na terra do marido, onde nascera também seu pai. Foi minha trisavó.

Chamava-se o desposado Manuel Joaquim Peneda, filho de pai de Fonte Arcada, com ascendência próxima  de Lamego e mãe de Penela da Beira.
Seu marido é o avô que parece ter ascendência mais dispersa na geografia de Portugal com lugares tão distintos como Aveiro, Lisboa, Freixo-de-Espada-à-Cinta, Torre de Moncorvo, Guimarães, Porto e os concelhos de Viana do Castelo.

Um pouco desenraizados de Escurquela é como os sinto, essencialmente ele que, embora nascido ali, tinha ascendentes de várias  cidades onde alguns tinham exercido altos cargos no Reino, letrados que eram.
De tratamento inicial de dona em alguns registos, Maria Adelaide e Manuel Joaquim, referenciados como proprietários, deixam-me uma sensação melancólica, havia um prenúncio de que nada voltaria a ser como dantes, isto colocando-me na sua pele, à luz do que se oferece na genealogia de ambos.

Fiquei a amá-los, os pais da minha bisavó Maria do Loreto, de quem guardo com especial carinho uma peça do enxoval, bordada com as sua iniciais MLF, Maria do Loreto da Fonseca.
Quero acreditar que passaram pelas mãos de sua mãe, a minha querida avó Adelaide.





quinta-feira, 6 de abril de 2017

Felícia Júlia, tetravó de Armamar



                                     





Nascida com o nome de Felícia. Sua mãe,  minha 5.ª avó de Lamego, sobre quem já me detive na mensagem com este título. Filha de padre, que exercia na Paróquia de Armamar, onde o reverendo reitor era irmão da mãe, até essa altura, com quarenta anos, madrinha escolhida para quase todos os meninos, era necessário esconder os seus pais no assento de baptismo. Fica registada como exposta, assento assinado pelo tio reitor. A mãe, seguramente que não a perdeu de vista na sua infância e adolescência.  Ficaram as duas a viver em Armamar. O pai, primo da mãe, foi possivelmente afastado da paróquia pelo tio, não posso através da genealogia saber qual terá sido o seu restante percurso, não consegui pista a propósito. Uma mulher da condição social de sua mãe, no início do século XIX, já sem o irmão e os pais, como terá passado a segunda parte da sua vida? O que é certo é que Felícia Júlia (Adelaide Pinto de Resende) casa em Armamar, com treze anos,  com João António da Fonseca,  de Escurquela, freguesia de Sernancelhe, onde no início do século XX viria também a nascer quem foi o meu avô paterno, tendo ascendentes em Escurquela que são também ascendentes de João António da Fonseca,  o que faz dos meus dois avós parentes no 5.º grau de consanguinidade (canónica), tendo os mesmos 4.ºs avós, Alexandre da Fonseca ( filho de Madalena da Fonseca e Manuel de Almeida) e Maria de Amaral.
Felícia, cujo nascimento não proveio de uma história de amor feliz, foi ao que tudo indica muito amada pelo seu marido que a terá escolhido por inteiro e puro amor. Viveram em Armamar, onde lhes nasceram os filhos, vindo mais tarde a viver em Escurquela. Eis  o que a Genealogia  me colocou na frente.
Adoro-te, minha querida Felícia!


                                                                Igreja Matriz de Armamar
                                                                   

Maria Inácia, quinta avó da Sé, Lamego



                                          Lamego, freguesia da Sé, belíssimo detalhe


Nascida com o nome de Maria na cidade de Lamego, freguesia da Sé, perto de 200 anos antes de mim, foi quem me fez despender mais horas e meses até saber quem era.
Começara a pesquisa a partir de duas avós de Escurquela, por sua linha matriarcal passara à trisavó de Armamar e só sabia que esta pentavó era referida nos assentos das netas como Dona Maria Ignacia Ritta, solteira de Lamego, sem qualquer referência ao avô.
Tinha deixado escapar um assento, precisamente em que havia referência ao nome do avô: José Pinto Cardoso, de Guedieiros, Sendim.

Procurar em Lamego, como? Não havia casamento, desconhecia a freguesia e nome dos pais. Em cronologia compatível, tentei desesperançada elencar todas as Marias Inácias, uma perda de tempo.
Até que, displicentemente, abro um dia ao acaso um dos livros de baptismo e vejo " (...) foram padrinhos o Reverendo José Pereira Pinto, do Bairro de Santa Cruz e Maria Ignacia Ritta, filha de José Rodrigues Pinto, da mesma rua.", seria a Inácia uma adolescente.  Deveria haver uma ligação entre este padre e ela. Havia, eram irmãos. Foi este "milagre" o ponto de partida para chegar ao seu encontro. Encontrados os baptismos dos dois e de outros irmãos, assim como do casamento dos pais e mais registos com a informação de que o irmão era Reitor de Armamar.

De novo em Armamar, encontro a indicação de que são padrinhos José Pereira Pinto e sua irmã Maria Ignacia Ritta do Carmo Pinto de Rezende e fico com a confirmação do parentesco e a conhecer-lhe apelidos. Depois, ainda, noutro assento, outro apelido, o último, de Figueiredo.
Percorro outros assentos posteriores, tendo encontrado inúmeras vezes esta avó como madrinha de baptismos, num deles, a revelação, foi madrinha, sendo padrinho o Padre José Pinto Cardoso, seu primo. Estava explicada a razão de ter ficado solteira, a minha querida Maria Inácia.

Entretanto iniciei a procura do baptismo da única filha, a mãe dos seus netos, Felícia, de quem falarei noutra mensagem. Mãe aos quarenta anos, no assento fica a assinatura do Reitor de Armamar.
Voltarei a falar desta avó.
Amo-te, minha querida Inaiçinha!


            Nota: Vim a encontrar o óbito de José Pinto Cardoso precisamente em Escurquela, em 1841.