Tem o meu avô, José Herculano Aguiar Proença, da Casa de Escurquela, quer por via paterna, quer materna ascendência nos Távoras de São João da Pesqueira, algo que só as pesquisas genealógicas me vieram revelar. O apelido foi perdido por via materna depois da sua 4.ª avó Joana Clara de Távora, a última ascendente a usar o nome.
Joana Clara nascida em Trevões, São João da Pesqueira a 8/2/1731, filha de Luís Correia de Távora de Lemos e Clara de Almeida e Carvalho.
Casada por duas vezes em Sebadelhe da Serra, Trancoso, sendo do segundo casamento a 24/2/1767 com Marcelino José Álvares que descende a avó Ana Luísa de Almeida, que usou o apelido materno da mãe.
Foi a avó Joana Clara contemporânea do marquês de Pombal que proibiu, como se sabe, o uso do apelido, confiscou bens, mandou picar brasões e "amaldiçoou" qualquer Távora, os de São João da Pesqueira incluídos.
Sua filha Ana Luísa de Almeida casa com Manuel de Aguiar Alves, de Fonte Arcada, Macieira e passam a viver em Paredes da Beira, vindo os descendentes a adoptar o apelido Aguiar.
Deve ter especialmente sofrido esta avó com a maldição que subitamente recaiu sobre si e os seus, por isso a esta distância de quase 300 anos sou solidária com a sua dor.
De facto, o apelido Távora foi perseguido e quase abolido, no entanto, ainda hoje sobrevive havendo quem o use. Não sei se recuperado ou se sempre foi usado. É o caso dos Távoras de Souropires, onde existe, penso eu, o mais velho solar desta família.
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